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Por iniciativa de uma turma, no passado dia 11 de março, a Escola Secundária de Barcelos organizou um cordão humano que envolveu a comunidade escolar.
Há 12 anos, em janeiro de 2010, iniciávamos aquele que foi o primeiro dos nossos projetos internacionais, com a escola Akademichna Himnaziya, em Lviv, uma das mais antigas e mais reputadas escolas da Ucrânia.
Desde então, num verdadeiro espírito de intercâmbio, de partilha e vontade genuína de conhecimento e aprendizagem mútuos, sucederam-se inúmeras visitas de alunos, famílias, docentes e não docentes.
Desde o início que partilhamos a visão de que a distância e as fronteiras de Portugal à Ucrânia nunca seriam impedimento à nossa vontade de aproximação.
Há muito pouco tempo, tivemos a oportunidade de voltar a visitar a escola e a cidade. Constatámos que a cidade continuava vibrante, plena de atividade cultural, com um crescimento notável desde a primeira visita. Verificámos o quanto a escola se tinha modernizado, fruto de um trabalho louvável de todos os seus profissionais, com a clarividente liderança de Lesya, a sua Diretora.
Apesar de já existir a ameaça de guerra, fomos recebidos, como sempre, com a máxima atenção, cortesia e dedicação dos nossos amigos de Lviv, incansáveis como anfitriões.
Temos, por tudo isto, um vínculo muito forte aos nossos amigos ucranianos, alicerçado numa relação longa, contínua e frutuosa para ambas as partes.
Neste momento, a Ucrânia passa por uma provação terrível, que se julgava impossível de acontecer em pleno século XXI. Nesta altura, a guerra na Ucrânia ameaça a vida de milhões de pessoas.
Para nós, as vítimas desta guerra têm rosto, não apenas os que passam nos noticiários, mas aqueles rostos que connosco sonharam com tornar a escola melhor e a vida dos nossos alunos mais rica pela ligação aos outros, que se esforçaram por reduzir as distâncias entre os dois países, que se dedicaram a fazer das diferenças uma força de aproximação e aprendizagem, os rostos que sempre tiveram um sorriso aberto quando nos reencontrámos.
Dói-nos muito fundo pensar que as suas vidas e o seu bem-estar estejam ameaçados, imaginar que tudo aquilo por que trabalharam possa ser destruído, antecipar que o futuro próximo dos nossos amigos, dos jovens que conhecemos, das suas famílias seja vivido em combate, empunhando armas, defendendo o seu país e não construindo uma escola e um país melhor como vinham fazendo.
A Escola deve ser um espaço e uma fonte de promoção de harmonia, tolerância e paz. Por isso, a nossa solidariedade para com o povo ucraniano é total e sem reservas.
Para já, não nos resta senão enviar, desde Barcelos, um abraço solidário para os nossos amigos ucranianos e manifestar, em nome do nosso Agrupamento, a vontade inabalável de ajudá-los a ultrapassar este período sombrio.
Contem connosco!