Orientações

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O desenvolvimento do E@D aporta novas dificuldades e desafios. A adaptação a esta modalidade requer tempo, paciência, determinação para aprender continuamente e disponibilidade para os outros.
As orientações constantes neste documento pretendem alertar para a necessária modulação de atitudes e comportamentos e sublinhar a importância de todos contribuírem para que o que resta do ano letivo reverta em favor do sucesso dos nossos alunos.
No que se refere à organização do E@D, em tudo o que este documento for omisso, serão aplicadas as orientações já comunicadas através das Informações COVID-19.

Gerais

  1. É importante testar o equipamento e as ligações – áudio e vídeo – antes das sessões síncronas.
  2. É preciso cuidar do espaço e da zona de trabalho para que seja agradável e não exponha demasiado a privacidade de cada um.
  3. Trabalhar a partir de casa não significa que atrasos sejam aceitáveis, como não serão aceitáveis distrações com outras solicitações.
  4. Trabalhar num lugar tão cómodo e familiar como a nossa casa, não deve fazer esquecer o contexto. Também para uma aula virtual é preciso cuidar a apresentação e estar inteiramente comprometido com o momento e com as pessoas presentes virtualmente.
  5. A noção de presença em meio online é corporizada na realização das tarefas e na interação com o professor e os colegas nos vários contextos de comunicação.
  6. Trabalhar não presencialmente, a partir de casa, não significa que todos tenham que estar sempre disponíveis. É essencial manter tempos separados, dedicados em exclusivo, compartimentados, para que cada parte da vida seja vivida plenamente, sem distrações, constrangimentos nem dispersões.
  7. O exposto no número anterior pode considerar-se um direito e, como tal, deve respeitar-se e fazer-se respeitar, independentemente do papel que desempenha neste processo.

 Docentes

  1. Adaptar os conteúdos à nova sala virtual.
  2. Estar disponível para aprender novas ferramentas, novos recursos e métodos e adaptar-se a uma nova realidade educativa, bem como para lidar com os problemas técnicos e os processos de aprendizagem dos outros.
  3. Equilibrar as atividades em ambiente digital com atividades que dispensam estar em frente ao ecrã. Substituir, pura e simplesmente, as aulas presenciais por aulas em videoconferência poderá ser contraproducente e ter um efeito nefasto na saúde dos alunos. Aulas expositivas devem ser encurtadas e combinadas com atividades de aprendizagem não digitais.
  4. Reconhecer que existem muitos ritmos e muitos tempos de aprendizagem e adaptação. É preciso fazer o exercício constante de se colocar no lugar do outro. Não esquecer que muitos alunos e outros professores partilham os dispositivos com outros membros da família, também em Teletrabalho ou Ensino a Distância, sendo, por isso, aconselhável flexibilizar o tempo em que o aluno concretiza as propostas, dado que pode temporariamente não ter as ferramentas para a sua realização.
  5. Limitar as sessões síncronas ao essencial. A duração e frequência devem evitar a sobrecarga cognitiva causada pelo excesso de tempo em comunicação síncrona e, também, a sobrecarga e exigência de recursos que a videoconferência acarreta. O número de acessos e utilizadores que as circunstâncias originam podem comprometer o funcionamento das plataformas.
  6. Realizar um registo semanal [15] das atividades/tarefas e das sessões síncronas e assíncronas a realizar pelos alunos. Disponibilizar às turmas, através do eSchooling – Material Pedagógico, um Plano Semanal no qual se indique as sessões síncronas, assíncronas, as tarefas, os tempos para apoio e esclarecimentos e outros elementos que o docente entenda relevantes. Enviar este Plano ao Diretor de Turma através do e-mail institucional.
  7. Colaborar numa coordenação efetiva do Conselho de Turma/ Professor Titular[16] para gerir adequadamente a carga de trabalho pedida aos alunos e os picos de atividades de avaliação. É muito fácil cair no excesso de atividades e solicitações, esquecendo que muitas coisas demoram mais tempo a fazer online, e que a gestão da comunicação consome uma parte importante desse mesmo tempo.
  8. Evitar, tanto quanto possível, uma grande proliferação de novas ferramentas no conjunto do Conselho de Turma (cada professor utilizar um conjunto de ferramentas diferentes). As que já eram usadas não levantam problemas, mas as novas requerem uma curva de aprendizagem que será tanto maior quanto o seu número.
  9. Dar orientações escritas claras quanto ao que fazer, quando (prazo) e como. As instruções devem ser detalhadas e o mais explícitas possível.
  10. Estimular a colaboração entre os alunos na realização de tarefas e na elaboração de produtos finais. Este procedimento ajuda a esbater o sentimento de isolamento e distância, criando um espírito de comunidade e entreajuda muito positivo. Além disso, esta entreajuda poderá ser benéfica para alunos com mais dificuldades.
  11. Definir sempre um horário com os alunos para esclarecimento de dúvidas que surjam na realização das tarefas assíncronas. Evita-se a criação de expectativas por parte dos alunos em ter respostas instantâneas e a pressão por parte do professor em manter o controlo constante e em ter uma disponibilidade permanente.
  12. Acompanhar e apoiar a realização das atividades, esclarecer dúvidas e responder a perguntas utilizando as ferramentas de comunicação disponíveis.
  13. Dar feedback formativo frequente aos alunos. Este aspeto é fundamental para o sucesso da aprendizagem online.
  14. Continuar a aplicar as medidas de suporte à aprendizagem e inclusão, com as necessárias adaptações ao E@D.
  15. Continuar a apoiar os alunos (sobretudo os docentes que prestam apoio educativo ou de âmbito disciplinar, docentes de educação especial, tutores, SPO), definindo, em articulação com o docente titular ou diretor/titular de turma, as tarefas e materiais a disponibilizar ao aluno; definir momentos de trabalho conjunto, a distância, organizando sessões síncronas e/ou assíncronas, com os docentes Titulares/Diretores de turma, sobretudo dos alunos com medidas seletivas e adicionais, para apoiar e adaptar as práticas inclusivas e o desenvolvimento de competências ao E@D, utilizando as plataformas de ensino e aprendizagem e os canais de comunicação definidos pelo agrupamento.
  16. Ser empático, cordial e construtivo nas interações com os alunos. Todos os sinais e elementos não-verbais que contextualizam e desambiguam a comunicação presencial estão ausentes no meio online. Mesmo no caso do áudio ou do vídeo a sua presença é muito reduzida. Utilizar a crítica e o humor com tato e ponderação.
  17. Desenvolver uma avaliação contínua das atividades [17], que contemple os objetivos, competências, produções e interações solicitadas aos alunos. Contudo, deve resistir-se à tentação de avaliar tudo com a finalidade de formular um juízo no final do período – é importante selecionar apenas o que é realmente relevante e significativo para avaliar e classificar, dando importância aos progressos do aluno. A recolha de dados da avaliação formativa é contínua e sistemática (já decorreram 2 períodos letivos) e deve ser usada pelo professor, o aluno e o encarregado de educação para obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista ao ajustamento de processos e estratégias.
  18. Adequar a avaliação às atividades realizadas (modo e conteúdo) e adaptada aos meios disponíveis para a sua realização. A avaliação a distância por testes tradicionais levanta sérias dificuldades para ser realizada com qualidade e fiabilidade. Podem fazer-se testes com determinadas características e estabelecendo janelas temporais, mas não podem basear-se as propostas de avaliação final apenas, ou sobretudo, nesses instrumentos.
  19. Existe uma vida além do computador. Todos têm um horário de trabalho e um horário escolar. Não se deve monopolizar o tempo do outro, neste caso dos alunos, sobrecarregando-os com tarefas. Os alunos têm tarefas para todas as disciplinas. Os alunos, como qualquer um, necessitam, também, de tempo para o ócio, para usufruir da companhia da família, para aprender a gerir o seu novo tempo.

Alunos

  1. Ler atentamente as mensagens do DT e dos professores. Não é suficiente tomar nota dos exercícios a fazer ou abrir os anexos que algum colega enviou. As palavras e as instruções do professor continuam a ser fundamentais, indispensáveis.
  2. Enviar as tarefas/trabalhos propostos por cada professor nos termos e prazos acordados com o respetivo docente. [18]
  3. Fazer um calendário (ordenado cronologicamente). Este deve conter as datas/horas em que terminam os prazos das tarefas de cada disciplina.
  4. Definir um horário de trabalho (dentro do próprio horário escolar). Este deve permitir fasear o estudo e ter as tarefas prontas nos prazos indicados pelos professores (quantas horas de estudo por dia, quando fazê-lo e quando se pode solicitar apoio ao professor).
  5. Não é preciso utilizar um computador/tablet/telemóvel o tempo todo. Eles são necessários para a realização das sessões síncronas, para receber as mensagens dos professores, aceder às tarefas ou a materiais e, depois, para enviar o resultado do trabalho. Na maior parte dos casos, o resto do tempo será trabalho de desenvolvimento das atividades, tal como numa aula!
  6. Usar os meios de comunicação ao dispor. Todos são justificáveis para esclarecer dúvidas e receber apoio. Não entregar um trabalho ou não o concluir, dizendo que não se entendeu o que era para fazer, será difícil de aceitar pelo professor quando ele estava disponível para ajudar! Não servirá de desculpa!
  7. Estabelecer contactos com o diretor/titular de turma em horários socialmente aceitáveis. Evitar sobrecarregar com mensagens e dúvidas constantes e em horários que são normalmente dedicados à vida familiar.
  8. Manter contacto com os professores e colegas e usar o apoio disponível. Isto ajuda a não se sentir isolado ou frustrado com alguma dificuldade.
  9. Não trabalhar na cama ou no sofá. Deve encontrar-se um espaço onde se possa trabalhar e estudar. Deve criar-se uma rotina, mesmo dentro de casa.
  10. Fazer intervalos. Os intervalos servem para comer, apanhar ar (mesmo que seja à janela ou na varanda) ou conversar com um amigo, usando as diferentes aplicações.
  11. Não esquecer de dormir. Dormir as horas necessárias é muito importante, ainda mais agora! Não é por não se ir à escola que os horários devem “descontrolar-se”. É importante manter rotinas saudáveis.
  12. Evitar o uso do telemóvel, tablet ou computador nos intervalos de descanso. A exposição às tecnologias, aos écrans, aumenta com este tipo de ensino, o que pode ser perigoso para a saúde.
  13. Usar regras de boa comunicação com os outros, usar as regras de “netiqueta”. Quando se envia um e-mail, deve identificar-se o assunto e o autor; quando se envia um ficheiro com um trabalho, deve dar-se um nome (por exemplo, Manuel Francisco_7ºD_ficha de leitura 2, ou outro esquema que o professor solicitar). Prestar atenção para que as mensagens e os trabalhos não se percam! O diálogo e conversa em formato videochamada requerem os mesmos deveres de urbanidade de esperar pela vez, de escutar o outro até ao fim e de respeitar os tempos determinados.

Encarregados de Educação / Famílias

  1. Ajudar o seu educando a entender que não está em pausa letiva e que o que faz, ou não faz, terá impacto nas suas aprendizagens.
  2. Manter o contacto com o Diretor de Turma/Professor Titular e a escola e em horários socialmente aceitáveis. Evitar sobrecarregar com mensagens e dúvidas constantes e em horários que são normalmente dedicados à vida familiar.
  3. Tomar conhecimento das atividades/tarefas atribuídas ao seu educando/filho, para poder observar se estão a ser cumpridas.
  4. Certificar-se de que o seu educando está a cumprir as tarefas.
  5. Conhecer a plataforma que está a ser utilizada para o Ensino a Distância. Não é necessário fazê-lo sozinho: pode sempre pedir ao seu educando que lha mostre. Lá, vai encontrar as comunicações e tarefas dos professores e verificar se o seu educando está a responder ao solicitado.
  6. Criar uma rotina com o seu educando. Reservar um espaço próprio para trabalhar (que não seja a cama, o sofá…), definir horas para se levantar, um horário para estudar/trabalhar, horas para dormir e descansar.
  7. Não deixar que a utilização do computador, do tablet ou do telemóvel se prolongue pela noite fora. Estando os alunos a utilizar estes meios também para aprender, a sua exposição aos écrans aumenta. A exposição às tecnologias, aos écrans, aumenta com este tipo de ensino, o que pode ser perigoso para a saúde.
  8. Não é necessário o seu educando utilizar um computador, um tablet ou um telemóvel o tempo todo. Em caso de dúvida, pergunte ao Diretor de Turma! O seu educando precisa destes meios, na maior parte dos casos, apenas para as sessões síncronas, receber as mensagens dos professores, aceder às tarefas ou a alguns materiais e para enviar o resultado do seu trabalho. O restante tempo será trabalho de desenvolvimento das atividades. Embora se entenda que em alguns casos isto possa ser muito complicado, havendo várias pessoas em casa a necessitar de usar estes meios, sugere-se que marque momentos em que cada um possa usá-los para as suas solicitações.

[15] Decreto-Lei nº 14-G/2020, de 13 de abril, artº 5º, ponto 3 – Para efeitos do disposto no número anterior, os professores elaboram um registo semanal dos conteúdos ministrados, das sessões síncronas e assíncronas realizadas e de outros trabalhos desenvolvidos pelos alunos.
[16] Decreto-Lei nº 14-G/2020, de 13 de abril, artº 5º, ponto 1 – No âmbito do plano de ensino a distância definido pela escola, o professor titular de turma e os professores da turma adaptam, sob coordenação do diretor de turma, o planeamento e execução das atividades letivas ao regime não presencial, incluindo, com as devidas adaptações, as medidas de apoio definidas para cada aluno, garantindo as aprendizagens de todos.
[17] Avaliação do Ensino Básico – Decreto-Lei nº 14-G/2020, de 13 de abril, artº 7º, ponto 2 – As classificações a atribuir em cada disciplina têm por referência o conjunto das aprendizagens realizadas até ao final do ano letivo, incluindo o trabalho realizado ao longo do 3.º período, no âmbito do plano de ensino a distância, sem prejuízo do juízo globalizante sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos alunos.
Avaliação do Ensino Secundário – Decreto-Lei nº 14-G/2020, de 13 de abril, artº 8º, ponto 2 – As classificações a atribuir em cada disciplina têm por referência o conjunto das aprendizagens realizadas até ao final do ano letivo, incluindo o trabalho realizado ao longo do 3.º período, independentemente da modalidade utilizada, sem prejuízo do juízo globalizante sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos alunos.
[18] Decreto-Lei nº 14-G/2020, de 13 de abril, artº 4º, ponto 4 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o aluno deve ainda enviar os trabalhos realizados, nos termos e prazos acordados com o respetivo docente, devendo este garantir o registo das evidências para efeitos de avaliação sumativa final.

INÍCIO | Plano E@D

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