Na passada sexta-feira, dia 12 de abril, realizou-se, na Escola Secundária de Barcelos, um Sarau de comemoração dos 50 anos do 25 de abril. Este sarau teve como apresentadores os alunos Nuno Neves, do 11.ºD e Catarina Cardoso do 11.ºA.
Iniciou-se com uma apresentação de ginástica acrobática, uma coreografia da professora Irene Vasconcelos, interpretada pelas alunas Inês Vilas Boas e Joana Coutinho do 7.ºB, Camila Machado e Carolina Braga do 8.ºC ao som de “Grândola Vila Morena”.
De seguida, subiu ao palco o diretor do agrupamento, professor Jorge Saleiro, que após uma curta intervenção, cantou “Que força é essa”, de Sérgio Godinho e “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, de José Mário Branco, acompanhado pelos professores João Forte e Francisco Costa. Os três formam o grupo “Os Tritões”.
A festa prosseguiu com a Turma D da Escola de Ensino Básico /Jardim de Infância de Milhazes que declamaram um poema e interpretaram a canção ”Somos livres”. Depois, foi a vez da Turma B do Centro Escolar de Gilmonde com o poema “Canção da Primavera” por Íris Silva e Afonso Correia. Logo a seguir, Dinis Castanheira, da Turma F do Centro Escolar de Gilmonde declamou o poema inédito: “O Meu Avô e o 25 de Abril”.
“Do povo sem voz à voz do povo!” da responsabilidade da Escola Abel Varzim, apresentou-nos uma retrospetiva histórica que vai do antes ao pós 25 de abril, com a canção “Verdes São Os Campos” por Ana Oliveira do 8.ºC acompanhada à guitarra pelo professor António Salvador; a representação cénica da autoria do professor Félix Gonçalves com os alunos Beatriz Figueiredo do 6.ºA, Francisca Ferreira, Leonor Miranda, Lara Bouça e Alexandre Ribeiro do 7.ºE e Tomás Lopes do 7.ºB encenados pela docente Marta Almeida; A poesia “Revolução” com a docente Paz Miranda e as discentes, Francisca Ferreira e Leonor Miranda do 7.ºE acompanhados por quase toda a turma; a dança “Verdes Anos” interpretada pelo Guilherme Fernandes do 9.ºC (aluno que participou no “Got Talent”); por fim, o coro da comunidade educativa com alguns docentes,
alunos e assistente operacional com “As Sete Mulheres do Minho”, música original de Zeca Afonso, e o acompanhamento do docente Paulo Sousa, deram corpo a um conjunto de performances que, articuladas, nos transportam do tempo em que o povo não tinha voz até à voz do povo, reerguida por um dos momentos mais marcantes da nossa história: o 25 de abril.
No momento seguinte, tivemos os seguintes alunos do 11.ºAM, do ensino articulado de música (que frequentam esta escola e o Conservatório de Música de Barcelos): Diogo Dias, Tiago Mendes e Hugo Eira que já estudam guitarra há sete anos; além de muitas atuações, o Diogo tem 2 prémios, o Tiago 9 e o Hugo tem 21 prémios nacionais e internacionais de concursos de guitarra e muito devem ao professor Francisco Gomes, que é o professor que mais alunos portugueses, conseguiu colocar em universidades estrangeiras. A eles se juntaram as vozes da Leonor Rodrigues e Clara Silva também do 11.ºAM, para cantar “Venham mais cinco” e “Vejam bem” de Zeca Afonso. A Leonor canta desde os 5 anos, estudou no Conservatório até ao 9ºano e frequenta o curso livre, cantando na orquestra. A Clara toca piano desde os 5 anos. É aluna da professora Eugénia Moura, ganhou alguns prémios em concursos de piano.
A declamação de “As Portas Que Abril Abriu” de Ary dos Santos foi feita pela aluna do 12.ºA, Mariana Neiva. O poema inédito “25 de Abril” por Valentina Lemes, aluna do 9.º C, ambas da ESB.
Voltaram ao palco o grupo de Alunos 11.ºAM e Conservatório de Música de Barcelos, o Hugo, o Diogo e o Tiago nas guitarras a acompanhar a Clara e a Leonor que deram voz à “Balada de Outono” e “Os Vampiros” de Zeca Afonso.
Os alunos do 10.º G da ESB, orientados pela professora Luísa Coutinho apresentaram o teatro “Ecos de Abril”- uma verdadeira aula de democracia. A preparação desta “aula” teve a participação dos alunos do Curso Técnico de Audiovisual, orientados pelo professor Luís Faria.
Novamente, os alunos do 11.ºAM, Hugo, o Diogo, o Tiago, Clara e Leonor e a professora Paula Pinheiro, trouxeram-nos músicas com críticas ao regime salazarista, expressões de descontentamento social e apelos à liberdade como a emblemática “Grândola Vila Morena” e depois “Tejo Que Levas As Águas”.
Quase a terminar, um grupo de docentes (as professoras Alzira Macedo, Ana Maria Bonifácio, Catarina Gonçalves, Céu Costa, Isabel Alves, Isabel Cruz e Paula Paulino) declamaram a 6 vozes o poema “Cântico Negro” de José Régio.
Por último, o grupo “Tritões” encerrou esta sessão comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril
com três canções, “Maré Alta”, de Sérgio Godinho, “Chamaram-me cigano”, de Zeca Afonso e “Canção de
Madrugar”, de Hugo Maia Loureiro. Depois de muitos aplausos, terminaram com “Tanto Mar” de Chico Buarque de Holanda.
Foi, sem dúvida, um dos melhores saraus de sempre.
Pela liberdade e pela democracia, sempre!